segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

As multiplas facetas do salario- Artigo do autor : Luiz Paschoal

Meus amores,

Achei este texto muito interessante e o autor fala sobre um aspecto muito interessante do salario, por isso peço licença a ele para reproduzi-lo no meu blog.

Lembro que o sr. Luiz Paschoal é consultor de pessoas renomado na area desde 1985 e adoto seus livros como referencia bibliografica em nossas aulas, visto a facilidade da sua linguagem.

Aproveitem e deliciem-se com a leitura.

Beijos,

Flávia Belo

As Múltiplas Facetas do Salário
O salário tem sido um fator crítico na relação entre organizações e trabalhadores. Outros fatores importantes existem, sem dúvida, nessa relação, porém o salário tem sido o ponto mais “nevrálgico”. Essa é a constatação concreta que temos feito ao longo dos anos, apesar de todas as transformações que vêm ocorrendo nesse campo.

A importância do salário pode ser analisada sob dois prismas distintos: o prisma do empregado e o prisma da organização. Para o empregado significa retribuição, sustento, padrão de vida, reconhecimento. Para a organização representa custo e fator influenciador do clima organizacional e da produtividade.

Para uma grande parte dos trabalhadores, o salário significa a própria subsistência e para muitas organizações a folha de pagamento representa o ítem mais importante dos seus custos. De fato, é razoavelmente comum encontrar-se organizações nas quais a folha de pagamento representa 30% ou até mais nos custos dos produtos ou serviços.

É sabido que o salário não é o único condicionante do comportamento das pessoas no trabalho. Outros fatores estão presentes e o salário deve ser analisado nesse contexto.
Para quem vive de salário. ele tem um significado psicológico importante que vai além das questões como poder de compra, por exemplo.

O salário tem significados diferentes segundo o enfoque que lhe damos. Se o examinamos quanto à sua capacidade de adquirir as coisas de que precisamos e fazer reservas para necessidades futuras, estamos pensando no seu valor absoluto. Se o analisamos tendo em mente a sua compatibilidade com o trabalho que realizamos, fatalmente tomaremos outros trabalhadores por comparação, na mesma organização ou em outras. Nesse caso, estamos nos preocupando com o seu valor relativo.

Tanto um sentido como outro devem merecer a atenção das organizações. O valor relativo é o que costuma gerar mais desgastes uma vez que, ao colaborador, a sensação de que está sendo discriminado e injustiçado produz um efeito emocional muito mais forte do que o sentimento de que o seu salário já não lhe permite adquirir as coisas como no passado.

São comuns os casos de empregados que gastam mais do que podem, se endividam e passam a reclamar aumentos no salário usando a sua situação como argumento ou, se um pouco mais espertos, fazendo comparações com outros empregados. Em casos assim, é necessário conhecer a situação de tais funcionários e mostrar que o salário não pode estar atrelado ao seu padrão de consumo. Antes, porém, é preciso estar seguro de que o salário relativo do empregado está correto. Se a política salarial da organização e sua administração são eficazes, esse equacionamento será automático e no tempo certo, independentemente de reclamações.

O valor relativo dos salários é a parte mais complexa da questão e é dele que a Administração Salarial se ocupa na maior parte do tempo e que demanda a instrumentalização necessária.